terça-feira, 2 de agosto de 2011

Um dia de sol na vida de uma mãe, é TUDO!!!

Acordei hoje com a cabeça a mil! Eu faço tanta coisa ao mesmo tempo que, enquanto tomo café, abraço minha gata, vou ver se minha “Pequena”  está bem (ela já deve estar com uns 1,65m, mas ainda é minha Pequena. E dorme muito lindinho. Adoro ficar parada olhando meus filhos dormirem até hoje!), pego o jornal na porta e canto. Canto pra espantar os fantasmas da noite, que porventura ainda possam estar voando sobre mim. Hahahaha!
Aí ,meu melhor amigo, amor mesmo da minha vida, me escreve dizendo que achou meu texto super interessante e que devo continuar escrevendo e divulgar meu blog.  Pensei em uma das inúmeras histórias que passei com ele, mas por enquanto vou dar uma colher de chá e deixar que ele escolha. Depois meu amigo do coração e astrólogo preferido também me dá a maior força pra continuar contando minhas aventuras.
Mas.... pensando na minha Pequena, lembrei de uma história com ela. Quando ela era mesmo pequenininha.
Num lindo dia de sol – tem que ser assim. Histórias de mães sempre têm que começar lindas e cheias de rebuscado, porque TODAS AS MÃES dizem que ser mãe é padecer no Paraíso, né? Mesmo quando elas estão com raiva, porque as crianças a estão levando à loucura, tudo tem que ser lindo. Mães não podem sentir raiva. As psicólogas não deixam, porque depois as crianças vão praticar “bullying” e virar “serial killers” no melhor estilo americano. Minha mãe era brava que só, botava de castigo, tacava pimenta na boca e ninguém hoje ta preso porque se revoltou ou pretendeu ser psicopata. Enfim...

Bom, vamos lá: num lindo dia de sol, resolvo pegar meus 3 filhos lindos e fofos e levar à praia. Eu, amante inveterada de sol e, principalmente do mar, tentei fazer com que eles amassem tanto quanto eu, mas acho que não são tanto. Enfim, era sempre bom ir à praia. O mais velho ia arrastado, no sentido literal da palavra, chorando e berrando que odiava praia. Mas na hora de ir embora, chorava de novo porque não queria ir embora. Adorava praia! (??).  

A do meio, linda, minha paixão que sempre pareceu uma pintura de Monet, não reclamava e ainda me ajudava a cuidar da pequena, branquela e maaaaaaaagra, tão magra, que eu tinha vergonha de levá-la pros lugares (embora ela seja minha “mochilinha” até hoje, sempre grudada em mim) e aquelas mães maravilhosas de capa da Revista Crescer, com seus bebês Johnson’s , perguntassem quem era o pediatra dela e acabassem ali mesmo com a carreira do pai, em franca expansão (agora eu acho que sei porque ele trocou a Pediatria pela Alergia...).
Íamos os 4, mais barraca, claro, porque boas mães sempre levam barracas pra deixar os pequenos na sombra, baldinhos, bonecas, carrinho, PISCINA DE PLÁSTICO (nunca entendi porque, já que tem um mar imenso ali pra eles, mas a bendita PISCINA DE PLÁSTICO não pode faltar!!), bóias – de braço e aquelas com caras de bichinhos – tudo o que for possível pra fazer com que você saia do sério antes mesmo de terminar de descer as escadarias do prédio. Você se sente um cabideiro. Sabe quando você passa um mês sem guardar as roupas que tira, porque está sempre correndo e vai jogando tudo no cabideiro, até ele despencar na sua cabeça e você tomar vergonha?? Por aí. Somos verdadeiros cabideiros. Mas, afinal, ser mãe é padecer no Paraíso. Escolha minha. Eles não têm culpa.
Depois de algumas horas de um desespero que jamais pode ser explicitado, porque senão as crianças podem querer se drogar no futuro, vez que a mãe foi má, você começa a juntar tudo para TENTAR ir embora. Isso é quase uma meia hora depois que você chega na praia com eles e se ajeita, porque tem a hora do almoço deles e não pode passar. Junta tudo, lava, coloca na sacola. Você começa a lavar os pequenos bifes à milanesa que estão tentando levar metade da praia pra sua casa dentro do calção e dos biquininhos (são pequenos, mas cabem uma quantidade tão grande de areia que você se pergunta se foi o David Copperfield que fez as peças). Quando você pensa que está acabando, seu filho que chorou pra ir e agora não quer mais sair, fugiu das suas vistas e está se embolando na beirinha, tentando se transformar novamente num bife à milanesa, feliz da vida. Não! Ele JÁ ESTÁ um bife! E sem bóia, já que tenho que esvaziá-la para caber na sacola!
Ai você pede que a do meio olhe a pequena, limpa e sentada no bebê conforto (esqueci que este também vai, porque o carrinho fica lá em cima, no estacionamento das bicicletas, porque eu não tinha força pra descer com ele até a areia), mas aos berros, porque está com fome. Quando você termina de limpar a gracinha, encontra a pequena sentada de novo na areia. A irmã diz que como ela chorava muito, achou melhor devolvê-la pra areia, porque ela fica quieta. CLAROOOOOOOOOOOO que ela fica quieta!!! Tirou TODOOOOOOOOOS, mas TODOOOOOOOOOOOS mesmo, os brinquedos da bolsa, LIMPOS e jogou novamente na areia para brincar! Você olha para o céu e pergunta a Deus quantos chicletes mastigados juntos com Nescau (sabem dessa mistura?? É ótima! Gruda pro resto da vida!) você jogou no CABELO DELE. Porque na cruz não vale. É fácil de limpar. Tem que ser no cabelo! Aí você só tem duas opções: matar as crianças, ou começar tudo de novo. Melhor começar tudo de novo, porque o karma que gera o homicídio coletivo deve ser bárbaro.
Bom, começando tudo de novo e pedindo a todos que se controlem porque mamãe está prestes a cometer suicídio e eles não terão como voltar para casa sozinhos, junto todas as coisas, lavo tudo novamente, mas olho para a areia e percebo que faltou um brinquedo ainda enterrado. Reclamo e dou uma puxada com força, quando a pequena cai de costas na areia e os irmãos começam a rir feito loucos (não existiam mais vizinhos ao nosso redor, porque a bagunça era tanta, que eles preferiram procurar outra praia. Talvez no Recreio, sei lá).
Gente, vocês não vão acreditar, eu sei, mas hoje nós 4 rimos DEMAIS dessa história: ERA O DEDO DO PÉ DA PEQUENA, que ela havia enterrado enquanto brincava na areia e só deixou ele com a pontinha de fora...(E eu, exausta, ainda gritei com ela: “Nina, mamãe já lavou e guardou todos os brinquedos! Para de tirar da sacola!”).

Naquela época eu não ia de lente de contato pra praia, porque corria o sério risco de voltar cega e meus óculos escuros não tinham grau.....


Digam se eles não eram delicinhas??? Amo demais!!!

3 comentários:

  1. Cara, eu me sinto assim tb quando levo o Lelê na praia aqui. Mas como aqui não se vende ou aluga NADA na praia, além da barraca, brinquedos, piscina de plástico etc., tenho que levar as cadeiras e as comidas. A verdadeira farofada!!!

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  2. Nossa... Gatíssima, desenterrou essa história literalmente da areia da praia... Eu só imaginando a Ana doido há com os filhos na praia... Imperdivel... A propósito... Eu sou o amigo do coração citado ;)

    Bjs e parabéns

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  3. Não, ninguém consegue imaginar...Era bizarro!!! haha!
    O Gatíssima é marca registrada, more... TAMO!

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